quarta-feira, 16 de abril de 2008

PASSATEMPO LITERÁRIO DE ABRIL

Estas nove interessantes personagens que aqui se apresentam pertencem a sete livros da escritora Ana Saldanha. Lê o que dizem delas próprias e adivinha de que livros saíram. O melhor será leres todos os livros da autora para descobrires a resposta certa.
Entrega a tua resposta na BE/CR até ao final de Abril, ou responde aqui. Não te esqueças de te identificares.
  • Olá, amigos leitores:
    Sou a Sofia, uma jovem bem-disposta e atleta de competição. Pratico natação e o meu melhor amigo, o Joel, é bailarino. Coitado! Há quem o goze por isso e até lhe chamam borboleta. Adoro estar com ele pois como é muito divertido rimo-nos muito.
    O pior de tudo foi o que me aconteceu. Que susto! No entanto, tive muita sorte. Se não tivesse desobedecido à minha mãe, nada daquilo me teria acontecido. Mas, como estava com pressa pois o Joel ia a minha casa, resolvi atravessar o parque para chegar mais depressa a casa da minha avó que esperava o jantar. Quem me mandou falar com aquele homem peludo, asqueroso? Por que carga de água lhe dei informações sobre a morada da minha avó? O Sr. Guará passou por ali, mas… se não fosse o Abel e o pai, não sei o que me teria acontecido!...
  • Olá, amigos leitores:
    Sou a Diana, uma jovem muito vaidosa. O meu pai é o rei das lojas do euro e meio e ganha muito dinheiro pelo que, eu e as minhas irmãs temos tudo o que queremos. Sou muito sensível mas quem convive comigo não sabe interpretar isso e acha-me fútil, mimada e com a mania que sou superior aos outros. A começar pelos meus professores que embirram comigo. Sobretudo a professora de Português que diz que eu preciso de ler mais. Ora essa! Eu até leio todas as revistas de moda e de beleza!... Não tenho culpa de ter um espírito crítico e de achar que os outros são feios, gordos e mal vestidos e de eu ser uma beldade, elegante. É por isso que o Sapo, ou seja, o Afonso não me larga. Que lapa! Mas ele está diferente! Não sei o que se passa!
    Eu sou o Afonso e conheço a Diana desde pequenina pois a minha avó é empregada em casa dela. Devo ser muito burro pois ele faz de mim gato-sapato desde que nos conhecemos e eu faço-lhe as vontades todas. Estes dias no acampamento abriram-me os olhos. Estou a vê-la de outra maneira, como ela é na realidade. Mimada, estragada por toda a gente que lhe chama princesinha. Princesinha! Afinal, ela não é a beldade que quer que todos digam que é! Ela é gorducha, tem borbulhas na cara, é antipática. Não! Não vou ao seu aniversário. Antes que ela me diga alguma coisa vou dizer-lhe que não posso ir. Vou começar a ignorá-la para ver se ela aprende alguma coisa. Agora que abri os olhos descobri a minha verdadeira princesa. E não é a Diana. Finalmente estou curado!
  • Olá, amigos leitores:Sou o Daniel. Apesar de ter 14 anos, ando no 6º ano. Não gosto da escola e falto muitas vezes mas gosto da minha professora de EVT que diz que eu posso vir a ser um grande pintor. Para já, faço graffiti com os meus amigos. Estou entregue a mim próprio e tenho medo de tudo. O meu corpo aparece muitas vezes cheio de nódoas negras cuja origem eu escondo de todos. Tremo todo quando a minha mãe ralha muito comigo e levanta a mão a ameaçar-me… Ela nunca está presente quando preciso dela e não gosto quando ela se envolve, à minha frente, numas cenas descaradas com o namorado. Mas agora que ela desapareceu há quatro dias, sinto a sua falta. Estou só, perdido e com medo do namorado dela, o Jaime. Estou desconfiado que ele lhe fez alguma coisa má!...
  • Olá, amigos leitores:
    Eu sou a Nina e tenho 13 anos. Deixei de ver televisão desde que recebi um computador, no Natal. Para jogar, claro! Há alturas na vida das pessoas em que, parece, todo o mal do mundo nos cai em cima: tenho de tomar uma decisão muito difícil pois meu primo Daniel vem viver uns tempos connosco e pedem-me para lhe ceder o meu quarto; a avó Olga que eu adoro foi hospitalizada com um ataque cardíaco. Para cúmulo, a vinda do meu primo para a minha escola fez-me descobrir que vivo num país de racistas. Como o Daniel é mulato, farto-me de ouvir insultos contra os negros. É de mais! Ele é constantemente agredido verbalmente e não reage. E o pior de todos é o Vitor. De repente começa a comportar-se como um parvo. Gosta de mim, faz-me as composições e tem atitudes racistas?
    Como uma desgraça não dura sempre, no final as coisas lá se arranjam. Só não cheguei a perceber porque é que o Daniel veio morar connosco! Mas não faz mal. Não perdi um admirador: ganhei dois amigos.
  • Olá, amigos leitores:Eu sou o Zé. Fui forçado a passar um tempo com a minha avó (afinal é minha bisavó) que mal conhecia. Fartei-me de chorar no dia em que o meu pai lá me deixou e se despediu à francesa. Mas, rapidamente, fiz amigos: a Titas (a cadela que me mordeu), a Belinha (a menina que me insultou e a quem dei um pontapé) e o David, o miúdo americano que dizia “oquei, raite” em vez de dizer está bem. Vivemos momentos muito emocionantes: os piqueniques no rio, os passeios de bicicleta, as idas ao circo e à feira, a exploração do sótão e o desaparecimento do David. Afinal, onde se meteu ele que não aparece?
  • Olá, amigos leitores:
    Eu sou a Dulce, conhecida na escola como astronauta por estar sempre na lua pois, o dia da discussão dos meus pais, que terminou em divórcio, não me sai da cabeça. O que se passa na realidade é que estou muito dividida pois não sei em que casa me sinto melhor: na do meu pai, um pequeno apartamento, ou na da minha mãe, onde sempre morámos e que agora tem toda a gente menos o meu pai. Até tem a enjoada da minha prima Mimi que não toca na comida. Contrariamente a mim que como tudo: a minha comida e a da minha prima. Resultado: sou gorda e na escola chamam-me nomes feios.
    Quando encontrei sete gatinhos prestes a afogarem-se, fiquei muito feliz por poder tomar conta deles. O pior é que o director não os deixa ficar na escola, a minha mãe não me deixa ficar com eles e o meu pai… duvido! Os adultos são mesmo complicados.
  • Olá, amigos leitores:
    - Eu sou a Maria, tenho 13 anos.
    - Eu sou o João, o irmão mais novo da Maria.
    - Sou uma jovem triste pois não tenho motivos para sorrir.
    - A nossa mãe abandonou-nos e ficámos só com o meu pai que resolveu casar com a Aurora.
    - A Aurora não descansou enquanto não nos mandou para fora de casa, com a desculpa que os dois não tinham condições para nos criar.
    - Primeiro fomos para um colégio interno. Não gostámos, fizemos asneiras, fomos expulsos…
    - Agora vivemos com a D. Dulce, uma professora aposentada que foi patroa da Aurora, a nossa madrasta.
    - A D. Dulce é muito simpática, trata-nos muito bem e dá-nos guloseimas…
    - Ela e as amigas são três bruxas. Eu não toco na comida. Se me obrigam a comer, de seguida fecho-me na casa de banho. O meu corpo está a começar a ressentir-se: os meus dentes estão com problemas, o cabelo está a cair-me…
    - A Maria tem tentado alguns disparates contra a D. Dulce. Imaginem! Pôs vidros no bolo de chocolate e proibiu-me de comê-lo. Eu até gosto dela. Trata-nos muito bem, e até nos comprou um computador.
    - Não quero saber! Quero voltar para a minha casa.

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